APRENDIZADO HÍBRIDO (BLENDED LEARNING)
Que negócio é esse?
Hellinton Staevie dos Santos [1]
Fonte: ViewSonic Library
Já pensou em ter uma certa autonomia na hora de estudar, dispondo de um modelo dinâmico de aprendizado? Nessa perspectiva, desenvolveu-se o blended learning (BL). Mas, afinal, do que se trata essa proposta híbrida de educação?
Aos poucos, o BL vem ganhando espaço
nas Instituições de Ensino Superior (IES) brasileiras, direcionando a forma de
ensinar para novos contextos, ao inverter a ordem de como os conteúdos são
repassados e assimilados pelos alunos.
O ensino híbrido possui características
específicas, ao aliar o modelo tradicional, com atividades presenciais, a
atividades à distância, por meio das tecnologias digitais de informação e
comunicação (TDIC). Citando Christensen, Horn & Staker (2013, p.3)
entende-se que este método híbrido é uma tentativa de oferecer o melhor de dois
mundos – virtual e o presencial.
No contexto da COVID-19, essas
ferramentas foram imprescindíveis para assegurar a continuidade das aulas
dentro da premissa on-line. As plataformas que antes eram,
geralmente, usadas para reuniões de negócios e bate-papo em grupos,
reinventadas, se tornaram salas de aula. Nesse sentido, citando (Garcia,
Morais, Zaros, & Rêgo, 2020) tem-se que “o ensino remoto permite o uso
de plataformas já disponíveis e abertas para outros fins, que não sejam
estritamente os educacionais, assim como a inserção de ferramentas auxiliares e
a introdução de práticas inovadoras.”.
Como exemplo de mesclar atividades
presenciais e virtuais, tem-se a sala de aula invertida, também conhecida
como flipped classroom, a qual tem sido utilizada tanto no Ensino
Básico quanto no Ensino Superior. Nesse desdobramento do blended
learning, o conteúdo de determinada disciplina não é apresentado pelo
professor em sala de aula, haja vista que o aluno deve acessar o material antes
de frequentar a sala de aula, ambiente que serve para realizar discussões,
resolver problemas e projetos, fazendo uso do suporte do professor e contando
com a colaboração dos colegas.
Como atividades para serem realizadas em casa, destacam-se, dentre outras: revisão do material da disciplina, leitura de textos e artigos, discussão on-line. No que tange às de sala de aula: debates, apresentações, experimentos de laboratórios etc.
A vantagem desse formato, é que o estudante tem a possibilidade de retroceder ou avançar de acordo com a celeridade de sua aprendizagem no que concerne à parte on-line, adquirindo, assim, maior autonomia no seu processo de aprendizagem.
Mesmo que os alunos ainda encontrem
alguns entraves nas modalidades presenciais e a distância, o blended
learning tem se demonstrado como uma saída viável para superar as
dificuldades das modalidades de ensino ao permitir a melhor vivência dos dois
mundos.
Referências Bibliográficas
Christensen, C. M., Horn, M. B., & Stalker, H. (2013). Ensino híbrido: uma inovação disruptiva? Uma introdução à teoria dos híbridos. [S. l.], Clayton Christensen Institute. Recuperado em 9 janeiro, 2022, de https://www.pucpr.br/wp-content/uploads/2017/10/ensino-hibrido_uma-inovacaodisruptiva.pdf
Garcia, T. C. M., Morais, I. R. D., Zaros, L. G., & Rêgo, M. C. F. D. (2020). Ensino remoto emergencial: proposta de design para organização de aulas. Recuperado em 9 janeiro, 2022, de http://sedis.ufrn.br/wp-content/uploads/2020/06/ENSINO-REMOTO-EMERGENCIAL_proposta_de_design_organizacao_aulas-1.pdf
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[1] Especialista em Gestão Eletrônica de Documentos – Administração Pública. Mestrando em Tecnologias Emergentes em Educação pela Must University. E-mail: hellinton.staevie@gmail.com.